sexta-feira, 11 de junho de 2010

I miss that natural joy


A minha irmã acabou de chegar a casa aos saltos, eufórica, a gritar que passou. Esta alegria ingénua de criança; sinto-lhe a falta às vezes. Lembro-me de ser assim, de ficar petrificada, horrorizada apenas com a perspectiva de poder reprovar até ao último dia de aulas; mesmo tendo notas excelentes. Tenho saudades de sentir tudo tão profundamente: o medo, a alegria, a admiração, a inocência (...). Agora que cresci e as responsabilidades aumentaram, muitos destes sentimentos acabaram por desvanecer-se um pouco; não todos, é claro. Mas a verdade é que vivo constantemente em extremos, perdi o jeito para balancear o coração, para aproveitar melhor os momentos; por isso sinto tantas vezes a necessidade de bater com a porta e sentir a chuva sobre os ombros, erguer a cabeça só para sentir melhor o pulso, para respirar.

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