sábado, 31 de julho de 2010

Paper


Vamos todos fazer figas para a Eve amanhã conseguir dar um passo em direcção ao seu sonho. Já sabes que estarei lá contigo, a rezar para que saias daquela porta com o raio do papel na mão :-)

Confess Myself #3

Não sei de que gosto menos: se da tua presença, se das tuas ausências.

terça-feira, 27 de julho de 2010

unreadable

Sinto falta dos teus beijos postos em palavras, dessa junção de letras com que costumavas beijar-me a pele. Às vezes ainda te pressinto a escrita, como se ainda me dirigisses essas cartas que nunca cheguei verdadeiramente a ler. "Devagarinho", dizias, e mostravas-me aos poucos, um pedacinho de cada vez, frase a frase e depois parágrafo a parágrafo até eu te implorar. Já sem forças voltavas a abrir o envelope, e como se te carregasse a vida deixavas-me dar uma olhadela rápida. Não querias que te decorasse, preferias surpreender-me com textos imprevistos e momentos fortuitos. Cheguei a acreditar que tinhas poder sobre as palavras, porque as usavas tão facilmente, combinando-as entre si como se se encaixassem realmente, e dominavas a técnica de as desenhar sobre mim, porque juro que ainda sinto a tua mão nas minhas costas empunhando a caneta, delineando cada letra na perfeição. Vai-se desvanecendo aos poucos, sabes, a tinta que em tempos deixaste gravada no meu coração, e é com dificuldade que ainda te recordo a voz com que me lias. Mas não desaparece, indelével e permanente, apenas se torna ilegível.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

If you know


Se soubessem o que me vai na cabeça às vezes (suspiro).

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Doubts


Às vezes (muitas vezes) pergunto-me quando irei parar com estas indecisões. Parece que não acabam: no momento em que tenho qualquer espécie de revelação, apercebo-me de que com ela só vêm mais e mais dúvidas.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Hoje


Não sei de que vivo: se de recordações tuas, se das tuas ausências. Hoje vivo-te em saudades - mas não são saudades de ti, não são saudades das tuas mãos ou do teu abrigo. Não; são saudades das tuas carícias: do teu corpo em volta do meu, das minhas pernas enlaçadas com as tuas, da tua procura incessante do meu calor, da minha paixão arrebatadora e desmedida por esses beijos que me cobriam a pele.
Hoje sei, sinto-lhe a falta. O amor; o bater acelerado dentro do peito; o olhar perdido por entre as fendas da persiana.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fear

Não sei quanto mais tempo aguentarei a balancear a corda de um lado para o outro. Não sei se deva manter-te aqui ou se o mais acertado é empurrar-te de vez para o lado de lá. Não te quero longe de mim e tenho medo de te ter demasiado perto. Medo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Confess Myself #3

Don't act like I didn't fight for you. I did. Hard and for a long time. So please forgive me, if now that we're over i'm exhausted.
Blair, Gossip Girl

Se calhar foi isto que me faltou fazer. Se calhar é por isso que ainda me fazes falta; é por isso que ainda não me esqueci do teu rosto. Ou se calhar são apenas tudo especulações, como poderei saber? Não interessa, já há pouco que ainda interesse, de qualquer das formas. Mas às vezes sinto que nunca to disse realmente, às vezes penso que ainda acreditas que se voltares eu estarei aqui. E estou, e acho que não vou nunca deixar de gostar de ti. Não te amo mais, nunca mais te amarei, mas ainda gosto tanto de ti. Mas se calhar deverias tê-lo ouvido. Deveria ter-te enfrentado, havia tanta coisa que te queria dizer. Acabou por ficar tudo aqui guardado, e isso não é bom, sabes? Parece que aos pouquinhos as palavras que te deveria ter gritado vão manchando as boas memórias que ainda me ficaram de ti... e eu não quero isso. Foste o meu primeiro verdadeiro amor e foste também o primeiro a partir-me o coração. Eu sei que aos quinze anos nada é para sempre, mas ainda era tão ingénua, ainda era tão fraca. Pedi-te que me ensinasses, recordas-te? Precisava que tivesses paciência comigo porque tudo era novo para mim... e acabei a repetir-te tudo, a dizer-te para teres paciência com ela. Que estupidez a minha, que estava eu a fazer?! Se há coisa de que não me podes acusar, é de não te ter amado o suficiente. Amei-te demais; chorei-te demais. E mesmo depois de tudo o que fizeste - e olha que foi tudo tão feio, foi tão feia a forma como tudo terminou entre nós -, não consegui deixar de estar disponível para ti. Custava-me tanto ver-te em baixo que abdiquei da minha própria felicidade só para te dar um pouco de reconforto. E agora continuo a perguntar-me, em que raio estava eu a pensar? Sabes, não o devia ter feito; não devia ter-te apoiado depois de me teres abandonado pela minha melhor amiga. Acho que os românticos lhe chamariam de verdadeiro amor, mas não consigo pensar em mais nada a não ser na palavra tragédia, já assim retratou Nicholas Sparks uma história parecida, menos trágica ainda talvez. Ainda te aconselhei. Às vezes fico a pensar se vocês ainda estariam juntos se te deixasse sozinho a chorar num dos dias em que te apertei a mão e te prometi que tudo iria resolver-se. Não o merecias. Nunca o mereceste e continuas a não merecê-lo. Sabes, não dás o devido valor às pessoas que te rodeiam, menosprezas as pessoas depois de a mão já não ser precisa. E no entanto, há dias em que ainda me sinto apaixonada por ti... talvez chegues a ler isto e a pensar "ainda dizes que não voltarias para mim de novo", e tens realmente motivos para o pensar. Mas não... Juro que não cairia pela milésima vez no mesmo erro. Compreendes? Não seria capaz de voltar a passar pelo mesmo. Tinha de ser assim? Ainda me custa tanto. Às vezes ainda me sento sozinha no sofá, de luzes apagadas e com silêncio total, a pensar em ti. Ainda te escrevo. Porque estragaste tudo? As nossas memórias são agora dolorosas, e podia no entanto recordá-las com carinho. Dificultaste tudo... E apesar disso, sinto que em parte ainda me culpas, não é assim?

Se calhar vou arrepender-me de publicar este post, mas não sinto que seja capaz de voltar a escrever tudo de novo. Ainda te escrevo, é verdade, mas é apenas para te recordar o lado bom, para não te deixar desvanecer o afecto. Porque eu não quero isso, não quero odiar-te por teres feito as coisas assim. Acho que ainda não tinha tido a coragem de me sentar para te falar sobre isto. Aqui está, ainda que muito resumidamente... acredita que continuo a sentir um aperto no peito, e sabes o que isto significa? Que ainda não disse tudo.

I'm a fool

Stay with me
You're all I see...

Did I say that I need you?
Did I say that I want you?
Oh, if I didn't I'm a fool you see
No one knows this more than me

Pearl Jam - Just Breathe

domingo, 11 de julho de 2010

You break my heart


Eu gosto tanto de ti. Juro que me partes o coração de cada vez que me olhas assim.

sábado, 10 de julho de 2010

Confess Myself #2

Confess your kiss still knocks me off my legs
First time I saw you I got punched right through my chest
I will forever 'cause you'll forever be
My one true broken heart
Pieces inside of me and you forever
My baby

Dave Matthews Band - My Baby Blue

sexta-feira, 9 de julho de 2010

I wish #1


Gostava de conseguir inovar-te; de construir-te as mãos e semear-te a esperança; gostava de desenhar-te os lábios; de organizar-te o coração; de fabricar-te sentimentos e de traçar-te caminhos; gostava de reinventar-te o perfume e mudar-te o aroma. Gostava de transformar-me contigo; de delinear-me o corpo de forma a encaixar-se com o teu; edificar-te um sorriso. Gostava de te transpor, de te levar comigo para uma dessas histórias feitas contos de fadas.
Gostava de escrever-nos.

Perfume

Ás vezes apetece-me cantar-te. Ainda gostava de ter realmente jeito com as palavras para te poder dizer como me sinto, saber conjugá-las de forma a formar algo com sentido... já que nem a mim própria sei explicar. Para ser sincera, não sei mais para quem escrevo, apenas encontro um grande ponto de interrogação no lugar do teu rosto. É disso que sinto falta: de saber-te de cor. Já não te reconheço as mãos, mas ainda te pressinto o perfume... sabes, às vezes dou por mim a procurar-te entre a multidão, a apurar os sentidos só porque senti o sabor do teu perfume perto. Cruzo-me tantas vezes com esse teu aroma. E é assim que te resumo: a um perfume. Foi isso que me ficou de ti? Já nem te encontro respostas. Mas deixa-me dizer-te que sinto a falta de um todo a tempo inteiro. Não apenas um perfume, mas um tu completo. Não tu verdadeiramente, apenas um alguém que me preencha este vazio, porque não peço que voltes. Aliás, não quero que voltes. Vês? Como hei-de explicar-te algo que ainda não compreendo? Faltam-me palavras, pequenas peças de um puzzle para o qual não encontro solução.
Não tenho sono.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

De volta


Ausente por uma semaninha muito bem aproveitada. Acabei de chegar e só me apetece voltar, isto aqui está um calor infernal e já sinto falta da brisa refrescante do mar. Ao menos fica-me o bronze (e as saudades). O pior é que daqui a uma semana tenho exame a fq; não há-de ser nada: só de pensar que vou ter de estudar com um sol destes lá fora dá-me uma coisa.