domingo, 28 de fevereiro de 2010

friends, lovers or nothing

Sabes o que reparei? Não me tinha realmente ocorrido que para o ano não te ia ver mais na escola... e quando disseste que estavas a pensar sair no terceiro período, apressaste as coisas. No momento em que o disseste, e lembro-me que apenas te sorri sem qualquer demonstração de dor, caiu-me mal. Magoou-me. Descobri que preciso de te ver diariamente. Já viste? Só agora descobri que preciso de te ver diariamente. Não sei o que pensar , as respostas que me dás não chegam, porque nada vai de encontro àquilo que eu sinto... às vezes estás tão ausente, e eu não sinto a tua falta: não sinto a tua falta e não penso em ti - como se não fosses assim tão importante. Mas és, eu sinto-o quando descontraidamente me abraças, e sei que nunca to disse: eu gosto quando os teus braços envolvem os meus ombros, sinto que se encaixam; às vezes, mesmo que poucas vezes, tu aproximas-te e pressinto que eras capaz de, tal como os teus braços nos meus ombros, te encaixares no buraquinho deste coração que continua apertado. Será uma ideia assim tão descabida? Desculpa então... por nunca to dizer e fazer de conta que somos óptimos amigos. Talvez até sejamos, e a culpa de toda esta minha confusão... gostava de saber. Porquê que secretamente, mesmo que poucas vezes, desejo de ti mais do que, provavelmente, és capaz de me oferecer?... a culpa é minha por não saber em que parte do meu coração te colocar: por não saber distinguir aquilo que somos.

Talvez devas saber: descobri que preciso de te ver diariamente.
E mais uma coisa: perdoa-me por nada disto fazer sentido.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

edge of desire


Sinto realmente saudades tuas: das noites em tão boa companhia, dos calções curtos e das roupas leves; da descontracção tão natural; do sol e do calor; do céu azul e limpo pintado em cima do mar; dos cafés em excesso;... Só te peço, volta, volta rápido porque este inverno frio assusta-me e sufoca-me as tardes, melancólico e tímido, acaba por aborrecer-me os dias e estragar-me as noites passadas em espaços fechados. Volta, porque és tu que me fazes levantar com vontade da cama sem a ajuda de um despertador, só com os raios de sol espreitando entre as falhas da persiana e as janelas abertas para atenuar o calor abrasador e os pijamas frescos. Mais e melhor, a escola não é uma preocupação e a única coisa que é realmente obrigatória é a piscina/rio/mar. Volta porque tenho saudades dos The Kooks em cima de um palco e preciso prontamente da inexplicável sensação de estar entre centenas de pessoas a aplaudir e a cantar em uníssono. E porque ainda espero ansiosamente pelas tardes calmas no jardim com um livro na mão, sozinha ou acompanhada apenas pelo meu sobrecarregado mp4... ou pelo contrário, dias inteirinhos fora de casa e guarnecida com indivisíveis e inseparáveis amigos.
Quero-te inesquecível e melhor do que aquilo que já vivi até agora: quero-te melhor do que nunca. Quero-te maior e mais brilhante: quero-te superior em tudo. E preciso ainda que me aumentes em conhecimento, que me multipliques em companhia e que engrandeças as minhas memórias. Traz-me mais festas e noites bem passadas, acampamentos e praias e guitarras e sorrisos. Gargalhadas, não te esqueças delas, já sabes como gosto de me rir. Brinda-me com felicidade!
Volta, porque de facto a tua chegada é um alívio e uma alegria impossível de pôr em papel (ou blog's). Volta porque estou a contar os dias e porque a minha agenda ainda tem tantas páginas por passar que me agonia a alma. Por isso volta, e de preferência, bem rapidinho!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

I just need...


De um bocadinho de qualquer coisa diferente de tudo isto a que este país me acostumou, e talvez assim me possa afastar, talvez, das memórias e recordações que um dia partilhamos.

time is an enemy


Passaram dois anos e muitos dias.

it's your fault

Não consigo deixar de me sentir culpada por sentir falta de quem eu era ao teu lado. Repara: não tenho saudades tuas, eu tenho saudades de mim própria, daquela felicidade autêntica e genuína que me impunhas; mesmo com todos os nossos defeitos. Às vezes ainda dou por mim a aceitar o facto de continuares por perto... às vezes ainda reconheço a tua voz dentro de mim, provocando-me. A verdade é que sinto um enorme vazio no lugar que deixaste por ocupar. Acredita que faria de tudo para o preencher, mas já tentei, não encontro nada que sirva, exactamente daquele tamanho, nada tão minucioso e arrebatador...

Mas pior do que me sentir culpada por sentir a tua falta, é sentir-me culpada por me sentar aqui e apenas conseguir escrever para ti. Quantas vezes jurei ser a última...? Nunca é, porque és a única coisa que alenta verdadeiramente a minha escrita. É horrível porque consigo odiar-te enquanto, tão ausente, ainda provocas esta sensação de desespero em mim, obrigando-me a escrever sem parar para abafar este incontrolável desejo de chorar que me assola diariamente. Não consigo controlar o poder que exerces sobre mim, e isso é, inquestionavelmente, o que me assusta mais, o que impede a minha vida de seguir em frente.
Mas foda-se, afinal de contas, a culpa é tua. A culpa é quase exclusivamente tua.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

empty house


Preciso de chegar e encontrar a casa vazia. Preciso, hoje.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

holidays?!

Ultimamente ando com esta sensação de que os ditos senhores professores pensam que nós, alunos, vivemos para a escola e não temos vida própria. De vez em quando ouço um "o fim-de-semana é para a família, ainda não tive tempo de corrigir os testes" ou "relatórios corrigidos no mínimo só daqui a duas semanas porque não posso ter tempo para tudo". Então e nós?! Agora só porque temos três (!!!) tristes e míseros dias de férias, se é que se possa chamar de férias, para além dos testes já marcados, passam-nos três ou quatro trabalhos. E não são uns trabalhinhos de nada, agora já existem tecnologias e é necessário aproveitá-las; pois bem, faça-se um trabalho sobre zonas costeiras em windows movie maker porque é rápido e não dá trabalho (veja-se a ironia da coisa) e já fica mais ou menos interessante; ou como quem diz: um bocadinho menos aborrecido. Eu cá gostava de poder passar um tempinho longe de trabalhos, mas agora já nem nas mini-mini-férias de carnaval, e veja-se que seria um grande incómodo darem-nos uma semaninha de férias - não, serão então estes três únicos dias - nos dão descanso. Por favor!!!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

ghosts















"Quem me leva os meus fantasmas?"

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

keep it

Estava tudo bem. Continua a estar tudo bem. Foi só agora que senti isto: uma picada no coração quando de repente, a meio de um exercício de física, me vieste atrapalhar o pensamento. Já não me acontecia desde há bastante tempo, longínquo e tu bem sabes; ou melhor, não sabes, no tempo em que andava extasiada contigo: no tempo em que não te conhecia e quase te perseguia sem dares por isso, no tempo em que precisava de uma distracção para esquecer o outro. Nunca o cheguei a esquecer, mesmo quando as minhas estouvadas fantasias contigo se tornaram realidade: pior, foram o suficiente para me provar que tinhas sido apenas isso, uma distracção. Mas sabes...? Gosto da forma como nos tornámos amigos; gosto da forma como agora me cumprimentas quando passas por mim; gosto da forma como te preocupas e te ris comigo.
Sabes...? Gosto de ti. Não da mesma forma tonta e precipitada do início, mas de forma cuidada, anormal; simples, leve. Agora atrapalhas-me o pensamento, chegas a magoar-me só de seres tão ambíguo e ao mesmo tempo previsível. E é estranho porque me sinto desconfortável quando de repente me apercebo de que estou a pensar em ti: assim sem mais nem menos, sem quando nem porquê, só. Quando de repente me rio sozinha ao relembrar-me de uma piada que tenhas dito e que na altura não percebi. Quando me acontece alguma coisa e me apetece ir a correr contar-te, como quis partilhar contigo a minha tamanha felicidade pelo John vir cá; que tu não percebes e eu não me importo. E concluo que realmente me sinto bem ao teu lado, como quando me deito simplesmente com os phones serenos nos ouvidos no sofá, de luzes apagadas e cortinas fechadas, enquanto o resto da casa se encontra num perfeito e harmonioso silêncio, pacífico; se é que isto tem sequer potencial para ser uma espécie de analogia.
É diferente, percebes? A picada que sentia antes de te conhecer, e a picada que sinto agora que somos tão chegados. É diferente e eu não consigo compreender: aliás, acho que não quero compreender. A verdade é que não o sinto sempre, aparece inesperadamente, em alturas completamente desapropriadas; outras vezes espero e não vem, e então penso que não é nada, não é nada. Tenho medo. Isto tudo assusta-me e acho que continua a ser doloroso para mim passar disto, gostar mais; porque já gostei mais uma vez e agora dói; porque não quero perder isto que construímos e porque tenho medo.
Apesar de tudo, e agora não porque tenha medo, gosto do que tenho contigo e só preciso que continues assim: a amparar-me.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

great expectations

Hoje é o segundo melhor dia da minha vida: recebi a notícia de que John Mayer vem visitar-nos cá a Portugal, já está confirmado. John Mayer no Rock in Rio. Será um devaneio da minha mente, que depois de tanto desejar, agora entrou em estado de loucura? Sinceramente, já espero tudo. Só não esperava que este meu tão grande sonho de vê-lo se viesse a concretizar.
Acho que vou chorar: melhor, tenho quase quase a certeza. Afinal, não será a primeira vez que choro ao ouvir as músicas que tão bem conheço; de cima a baixo, de trás para a frente; só será a primeira vez que choro em que realmente o estou a ouvir. Acompanharam-me durante tanto tempo, tantas jornadas, tão bons e maus momentos; tantos delírios, tantas euforias, tantas vitórias.
As minhas expectativas estão em altas: nunca se viram noutra. E eu, finalmente, vejo os meus pulmões inspirarem e expirarem enquanto, euforica, grito de satisfação; de prazer: o John Mayer vem a Lisboa. Acho que ainda não assimilei bem isto. Tenho três meses e pouco, de qualquer das formas.
A acompanhá-lo vêm os Muse, estas são de facto óptimas notícias... Só faltava poder ver os Pearl Jam que estão cá no Optimus Alive.
De facto, o melhor dia da minha vida será aquele em que choro acompanhada pelos meus melhores amigos, enquanto assisto a um tão aguardado concerto do John Mayer. Finalmente são mais do que sonhos.