Sabes o que reparei? Não me tinha realmente ocorrido que para o ano não te ia ver mais na escola... e quando disseste que estavas a pensar sair no terceiro período, apressaste as coisas. No momento em que o disseste, e lembro-me que apenas te sorri sem qualquer demonstração de dor, caiu-me mal. Magoou-me. Descobri que preciso de te ver diariamente. Já viste? Só agora descobri que preciso de te ver diariamente. Não sei o que pensar , as respostas que me dás não chegam, porque nada vai de encontro àquilo que eu sinto... às vezes estás tão ausente, e eu não sinto a tua falta: não sinto a tua falta e não penso em ti - como se não fosses assim tão importante. Mas és, eu sinto-o quando descontraidamente me abraças, e sei que nunca to disse: eu gosto quando os teus braços envolvem os meus ombros, sinto que se encaixam; às vezes, mesmo que poucas vezes, tu aproximas-te e pressinto que eras capaz de, tal como os teus braços nos meus ombros, te encaixares no buraquinho deste coração que continua apertado. Será uma ideia assim tão descabida? Desculpa então... por nunca to dizer e fazer de conta que somos óptimos amigos. Talvez até sejamos, e a culpa de toda esta minha confusão... gostava de saber. Porquê que secretamente, mesmo que poucas vezes, desejo de ti mais do que, provavelmente, és capaz de me oferecer?... a culpa é minha por não saber em que parte do meu coração te colocar: por não saber distinguir aquilo que somos.
Talvez devas saber: descobri que preciso de te ver diariamente.
E mais uma coisa: perdoa-me por nada disto fazer sentido.
Talvez devas saber: descobri que preciso de te ver diariamente.
E mais uma coisa: perdoa-me por nada disto fazer sentido.