quarta-feira, 28 de abril de 2010

funny


"És mesmo natural!"

Melanie

terça-feira, 27 de abril de 2010

mirror

Estávamos a meio da aula de Biologia, altura em que a voz do professor soa como uma música de embalar nos meus ouvidos, quando me chegou isto às mãos, em forma de bilhete:

"Aprendi a sobreviver na tua ausência... A ânsia que tomava conta de mim quando desaparecias, também ela desapareceu contigo, e o medo de te perder, evaporou assim como qualquer sentimento do amor que por ti sentia... Não, já não te amo, já deixei de te amar e deixei de ver a pessoa que queria que tu fosses. Deixei de me agarrar tão fortemente à ideia que tinha de ti e que derreteu tão facilmente nos meus braços depois do que proferiste!
Aprendi a sobreviver na tua ausência... Porque eram tantas as vezes em que estavas ausente, aliás, acho que nunca chegaste a estar presente, mesmo de todas as vezes que estavas perante mim eu sabia que não estavas comigo, estavas com ela, com a outra...
Aprendi a sobreviver na tua ausência.... E não só sobreviver, aprendi finalmente a viver! Já não estou na tua sombra nem sou o teu reflexo, se alguma vez o fui...
A verdade é que deixei de estar apaixonada por ti há muito tempo, mas só agora é que deixei de te amar, porque nunca vou amar alguém que me diga tudo o que me dizias, que me tratava da maneira que tu me tratavas.
Acabou! Acabou finalmente e não quero ser tua amiga, aliás, ficaria perfeitamente e completamente satisfeita se nunca mais te visse, porque para mim tu desapareceste.Toda a pessoa que eras desapareceu e não podendo ver alguém que se pareça contigo e que não és tu, ainda sonho com o outro "tu" e ainda amo o outro "tu", e saber que ele desapareceu é o que dói mais..."
Eve

Senti-me estranha quando acabei de ler e percebi que ela se tinha inspirado na minha própria história para escrever aquele pedaço de papel, que o tinha feito como se estivesse na minha pele. É uma coisa difícil de explicar esta, lermos algo que não nos pertence e sabermos de imediato que somos as personagens principais da carta que outro alguém compôs, ainda que não outro alguém qualquer. Senti uma espécie de picada no peito, dolorosa e ao mesmo tempo, de alívio, talvez - ultrapassa-me e não sou capaz de o transpor para palavras, de qualquer das formas, este sempre foi um assunto delicado e ainda hoje me custa fazê-lo.
Acima de tudo, é uma sensação incomum. Para além de ver os meus próprios sentimentos e a experiência que vivi numa outra caligrafia que não a minha, vejo agora como sou transparente - pelo menos com os meus melhores amigos. É bom, sentir o quão bem me conheces, ao ponto de transmitires o que me vai no coração tão bem. Dá até a sensação de que eu própria o poderia ter escrito há algum tempo atrás.
Tenho de repetir e acrescentar: gosto que me conheças tão bem; afinal, vocês são a minha casa, o meu espelho. Obrigada Eve, pelo texto que, by the way, está lindo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

traumas


Os traumas deixam sempre marcas. Seguem-nos até casa. Mudam as nossas vidas. Os traumas confundem toda a gente. Mas talvez seja essa a intenção. A dor, o medo, essas tretas todas. Talvez sejam essas coisas que nos permitem avançar, que nos dão força. Talvez tenhamos de ficar confusos antes de conseguirmos erguer-nos.

Anatomia de Grey

terça-feira, 20 de abril de 2010

storms

Odeio quando as pessoas não me compreendem. Odeio que me façam sentir mal com coisas desnecessárias; com "tempestades em copos de água". E odeio ainda mais quando a seguir se fazem de desentendidos: façam-se homens por favor.
Não dar toda a minha atenção a uma só coisa (ou pessoa) não é um sinal de que deixei de gostar ou de me preocupar. Não gosto que se vinguem com silêncio, falem-me, bem ou mal.


Posso voltar a ter oito anos, por favor? Para zangar-me e "fazer as pazes" em cinco minutos?

domingo, 18 de abril de 2010

Putting my heart back together

Já venho a desafiar-me há algum tempo: escrever-te. Escrever-te para te dizer que me sinto melhor, que estou quase boa e recuperada do nosso infortúnio. Se me permites chamar-lhe assim.
Escrevo-te agora que encontrei finalmente forças para o proferir em voz alta, mas sabes, sinto que não tenho muito a dizer-te. Talvez até em tempos anteriores tivesse palavras suficientes para encher páginas de recordações e emoções, mas não agora. Acho que eliminei uma boa parte do que a tua imagem significava para mim do meu coração, e para dizer a verdade, não posso dizer que me sinto eufórica e aos pulos: porque não sinto. Sinto antes uma paz interior como não me sentia capaz de sentir, uma leveza nos ombros agora, somado a um sorriso fácil e, digamos, agradável.
Agora sim, sei que de facto sou uma pessoa melhor e mais feliz separada, de todas as formas, de ti. E não tenho muito mais a dizer, a não ser que estou finalmente a libertar-me de todos os fantasmas de um passado que me consumia a alma; a juntar todos os pedacinhos do meu coração que deixaste um dia despedaçado e destruído; a esquecer a pior parte de nós.

domingo, 11 de abril de 2010

school

Não me sinto emocionalmente preparada para voltar às aulas. Tem mesmo que ser?

sábado, 10 de abril de 2010

summer feeling


Adivinhem lá? Estou com (menos de) três horas de sono, e não consigo resistir a este sol. Aqui estou eu, no jardim da minha casa, já de calçõezinhos super curtos e t-shirt, satisfeita com o pc no colo enquanto que os raios quentes do sol me cobrem a pele. E não me digam: "que exagero".
Cheira e sabe a Verão. Tão bom!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

lack of... something

Sinto-me quase como se estivesse apaixonada de novo (não estou vá, só se for pela vida). Ainda sinto a tua falta mas acho que já não me pesas; quero acreditar que sim.
Soa tudo um bocado a falta de juízo, não é? Tanto venho cá escrever-te a dizer que te esqueci, como venho cá para te dizer o quanto me fazes falta. Mas é tudo verdade: há dias em que te aprisiono, não intencionalmente, no pensamento, tanto que chegas a pesar-me e cansas-me; magoas-me. No entanto, às vezes acordo e dou por mim a perceber que não tenho porque estar assim: vivemos a nossa história, as coisas não correram como eu queria, mas deveria estar feliz porque te amei e porque me fizeste crescer e ver as coisas como não achava possível. Sim sim sim, sofri imenso por tua causa, cheguei ao ponto de achar que nunca recuperaria de um "desastre desolador" como foi o terminar da nossa relação; mas se não tivesses preenchido a minha vida durante o início do meu despertar para a adolescência, talvez continuasse a fazer os mesmos disparates. Apesar de todas as lágrimas que derramei por nós, juntos e separados, foste tu quem me ensinou a perder o medo de desiludir alguém, de evitar certos comentários ou atitudes só porque "ele pode não gostar, ou até perder o interesse"; não vale a pena e agora sei que a única coisa que posso e devo realmente oferecer numa relação é honestidade e o meu verdadeiro eu. Foi contigo que provei o meu primeiro swirl, e desde aí fiquei obcecada e, admito, não consigo ir até ao bragaparque e não parar para comer um. Foi contigo que aprendi a amar e a aceitar os defeitos do outro como parte dele. No entanto, foi contigo também que aprendi a ter limites; mas isto só no fim, só depois de ter batido vezes e vezes sem conta, só depois de estar já a parede desmoronada e não haver onde bater com a cabeça: descobri que, por muito que se ame alguém, o eu deve sempre vir em primeiro lugar, não posso obrigar-me a desistir dos meus ideais e princípios, não posso ir contra a minha personalidade, não posso aceitar que me roubem a integridade e o orgulho; sim, porque contigo deixei-me humilhar durante muito tempo, enquanto calcavas o meu orgulho e me fazias esperar, sofrer e esperar que te decidisses a amar-me com tudo aquilo que isso implica.
Por isso tenho de aceitar que a nossa relação terminou, ainda a tempo de me permitir tirar algo positivo, apesar de tudo. Ainda a tempo de me deixar sentir livre em determinados dias, que vão sendo cada vez mais frequentes; porque apesar de um dia ter escrito "é mentira, o tempo não cura nada e eu ainda te amo da mesma forma ou ainda mais", o tempo cura sim, e agora dou por mim a ansiar que o tempo passe depressa, só para chegar ao ponto em que já não ocupas a minha mente, mas apenas uma parte do meu coração onde guardo as memórias e as pessoas que um dia fizeram parte de mim.
Posto isto, devo avisar que os meus lame and sad posts vão voltar; afinal de contas, se eu os deixasse de escrever, algo de muito grave se passaria.

freedom




Só vim porque precisava desesperadamente de partilhar esta minha tamanha alegria genuína e instantânea com alguém. É verdade: sinto-me mesmo bem, e tudo porque saí e me senti como há muito não me sentia: livre! E sabem o melhor? Ele não me distraiu o pensamento em nenhum momento.
Já tinha saudades desta sensação. Se tinha.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

let the end begin

Pergunto-me se ainda estaríamos juntos se - chamemos-lhe assim -este pequeno percalço não tivesse acontecido. Às vezes dou por mim a pensar se também tu te questionas sobre o futuro que havíamos planeado... tínhamos tantas esperanças, tantos sonhos; ou pelo menos quero acreditar que sim. Tenho mais do que motivos para te odiar, mas o que acontece quando te vejo... é raro ver-te, mas esta semana já é a segunda vez e, admito, senti-me perdida. De repente o espaço pareceu-me pequeno, como se as paredes e a meia dúzia de pessoas que nos separavam tivessem duplicado de tamanho, enquanto o ar escasseava e me sentia a sufocar... só queria fugir para não ter que te ver e voltar a sentir esta ferida latente que me magoa o coração. Talvez devesse lamentar-me por me ter obrigado a ficar: há muito tempo que a tua imagem não me faz bem; mas depois penso que tenho de aprender a conviver com este sentimento, que não posso fugir de cada vez que te encontro, e mais importante ainda: eu tenho de esquecer-te.
A verdade é que ainda sinto tantas saudades tuas...! Acho que já não posso dizer que te amo, porque ao contrário do que costumava acontecer, já não ocupas a minha mente durante todos os segundos do meu dia, já não dou por mim a adormecer contigo no pensamento, e já nem acordo com a impressão da tua amarga ausência. Não te amo, sinto sim a tua falta às vezes: quando certas músicas tocam; quando fico a olhar para o armário e me deparo, ainda, com o teu casaco pendurado entre os meus vestidos e camisas; quando a minha mãe, sem querer, aborda o teu nome; quando me falam em determinados sítios onde já estivemos e passámos bons momentos; ou quando abro a segunda gaveta da secretário e vejo a nossa caixinha.
A única coisa que posso continuar a fazer é fingir. Fingir que já não te desejo, que não sinto a tua falta. Talvez não seja o melhor caminho, mas é a única forma de não me sentir débil ou insegura perante a tua memória; só assim me permito acreditar que algum dia deixarás de exercer este poder sobre mim. Não vejo a hora de te deixar partir, de consentir com o nosso fim.

sábado, 3 de abril de 2010

#

Ainda:
sinto saudades nossas;
me ocupas o pensamento pelo menos uma vez durante o dia;
me dói o coração de cada vez que me lembro de como tudo acabou;
me custa ver-te.

Já:

não te amo.

quinta-feira, 1 de abril de 2010